segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Está aberta a votação para escolher a pior empresa do mundo

O Greenpeace e a ONG Declaração de Berna realizam, desde 2000, uma premiação que escolhe a pior empresa do mundo, a partir de casos de violações de direitos humanos e crimes contra o meio ambiente.
Chamado “The Public Eye Awards” (algo como “olhos do público”), o prêmio tem na sua lista de finalistas, pela primeira vez, uma empresa brasileira, a Vale. A votação on-line está rolando e o resultado será revelado no dia 27, durante Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
Conheça as empresas finalistas e entenda porque elas concorrem a pior empresa do mundo, segundo a organização do prêmio.

1.VALE
(Nós transformamos florestas em minas e barragens. Não importa como)






Setor: Mineração, com 120 mil funcionários.
Origem: Brasil
Participação na polêmica construção da Usina de Belo Monte, reassentamento forçado de mais de 40 mil pessoas, condições desumanas de trabalho, medidas de proteção ambiental insuficientes e apreensão ilegal de terras. Em 2009, despejou cerca de 114 milhões de metros cúbicos de efluentes industriais e à base de óleo em rios e oceanos. No mesmo ano, sofreu 111 ações judiciais e 151 investigações criminais.

2.FREEPORT

(Uma ameaça aos indígenas e ao meio ambiente, não só na mina de ouro e cobre em Papua Ocidental)





Setor: Mineração de ouro e cobre, com 29.700 funcionários
Origem: EUA
Exploração da região de Papua Ocidental (na Indonésia) durante quatro décadas, com contaminação de rios e reservas naturais (todos os dias, produz cerca de 230 mil toneladas de rejeitos contaminados com metal pesado), repressão violenta e expulsão e marginalização de índios (muitos passaram a viver em favelas e tiveram sua cultura “arruinada”). “Essa forma de colonização econômica leva a uma desintegração social, prostituição e promove o aumento acentuado de infecção por HIV na população“..

3.BARCLAYS

(Apostar em preços de alimentos os coloca fora de alcance, mas dá um saboroso lucro a Barclays)





Setor: Bancário, com 145 mil funcionários
Origem: Reino Unido
Especula preços de alimentos para comprar e vender contratos no mercado financeiro. O mercado de especulação de alimentos praticamente dobrou nos últimos cinco anos e o resultado foi um “dramático” aumento nos preços, que atinge comunidades pobres ao redor do mundo e aumenta ainda mais a fome e pobreza. Em alguns países, esse aumento leva a população a se endividar e muitas vezes a aceitar trabalhos em regime de exploração, além de “tirar” o dinheiro que seria usado pelas famílias em saúde e educação.

4.SAMSUNG

(É hora de encarar a verdade)






Setor: Eletroeletrônicos
Origem: Coreia do Sul
Uso de químicos tóxicos (alguns proibidos) sem proteção adequada aos trabalhadores e negação de responsabilidade de doenças adquiridas pelos funcionários devido a atividades da empresas. Vários foram diagnosticados com câncer relacionado ao uso dos produtos (alguns, inclusive, morreram jovens). Em testes, a empresa não revelou 10 dos 83 químicos usados, argumentando que a informação era de segredo comercial. Além disso, há pesada repressão a ativistas pelos direitos humanos.

5.SYNGENTA

(Como envenenamos pessoas e meio ambiente? Vendendo nossos pesticidas mais perigosos e minando a ciência independente)





Setor: Agroquímico, com 26 mil funcionários
Origem: Suíça
Marketing e venda agressivos e uso de herbicidas altamente tóxicos (um deles proibido na Europa, mas ainda comercializado em países do “sul” – ou seja, subdesenvolvidos ou em desenvolvimento). Muitos agricultores sofreram diversos efeitos agudos e crônicos devido ao manuseio dos produtos. Além disso, há o lobby. A empresa é acusada de realizar uma campanha de difamação contra um cientista crítico ao pesticida “atrazina”. A substância, que é proibida na Europa, foi banida pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), mas após muitas reuniões “a portas fechadas” com os membros da agência, a empresas conseguiu o cancelamento da proibição.

6.TEPCO

(Nós não podemos lidar com aquilo que criamos)






Setor: Energia, com 38 mil funcionários
Origem: Japão
A maior companhia de energia do Japão opera os reatores da Usina de Fukushima e é acusada de não priorizar normas e padrões de seguranças e ter resposta ineficiente a situações de emergência. Investigações revelaram que a empresa subestimou o risco de catástrofes naturais, sem inspeções e manutenções adequedas. Laudos de inspeções foram falsificados e falhas estruturais não foram reparadas.





Empresas como Hershey (chocolate), Novartis (farmacêutica) e Shell/Exxon (petróleo) também foram nomeadas, mas não fazem parte da lista final para votação no público. Confira aqui todas as nomeações (em inglês).

sábado, 21 de janeiro de 2012

Arte em pneus


Existe uma ONG especialista em tranformar pneus em arte! Veja em: arteempneus.org.br o trabalho dessa equipe que cria cadeiras, mesas, lixeiras, floreiras, puffs e outras coisas criativas a partir de pneus usados.